sábado, abril 28, 2007

Solidariedade. Quem precisa?

Primeiro levaram os negros.

Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou um miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Blecht (1898 - 1956)

quarta-feira, abril 25, 2007

Com uma mão cheia de recordações vamos regar os cravos de Abril!...

25 de Abril de 1974:
Um golpe de estado, liderado pelo M.F.A. (Movimento das Forças Armadas) derruba o governo fascista. São destituídos o presidente da República e o Governo. A Junta de Salvação Nacional, presidida pelo general Spínola, toma conta do poder.
26 de Abril de 1974:
Américo Thomaz e Marcello Caetano, entre outros, são enviados para a Madeira, onde ficam sob “residência vigiada”
27 de Abril:
São libertados os presos políticos que se encontravam em Caxias e Peniche.
28 de Abril:
Mário Soares regressa do exílio.
29 de Abril:
Primeiras ocupações de casas, no bairro da Boavista, em Lisboa.
30 De Abril:
Álvaro Cunhal regressa do exílio.
1 de Maio:
Grandes manifestações dos trabalhadores em todo o país.
6 de Maio:
É fundado o Partido Popular Democrático (P.P.D.), por Francisco Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota (antigos deputados da “ala liberal” do governo de Marcello Caetano.
15 de Maio:
António de Spínola é nomeado presidente da República pela Junta de Salvação Nacional.
16 de Maio:
Adelino da Palma Carlos é primeiro ministro do I Governo Provisório.
19 de Maio:
Movimento alargado de ocupações de casas é legalizado pelo governo.
20 de Maio:
Américo Thomaz e Marcello Caetano partem para o exílio no Brasil.
25 de Maio:
É fixado o salário mínimo nacional, pela primeira vez em Portugal.
8 de Julho:
É criado o COPCON ( Comando Operacional do Continente) que dá fortes poderes a Otelo Saraiva de Carvalho.
9 de Julho:
O primeiro ministro Palma Carlos pede a demissão.
18 de Julho:
II Governo Provisório, do coronel Vasco Gonçalves.
19 de Julho:
É fundado o Centro Democrático Social (C.D.S.), por Freitas do Amaral e Amaro da Costa .

segunda-feira, abril 23, 2007

Oração de uma mulher a Deus!

Querido Deus:
Até agora o meu dia foi bom,
Não disse mal de ninguém,
Não perdi a paciência.
Não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata, nem irónica.
Controlei o meu stress. Não reclamei. Não praguejei. Não gritei. Não tive ataques de ciúmes...
Não comi bolos, chocolate, nem rebuçados...
Também não fiz débitos no meu cartão de crédito (nem do meu marido) e nem passei cheques pré-datados...
Mas peço a tua protecção, Senhor, pois vou-me levantar da cama a qualquer momento...

domingo, abril 22, 2007

Acabaram as zaragatas.Parabéns campeão!


Ribeiro e Castro assume a derrota e diz que regressou “o velho ciclo”
"Sectores houve que, nunca aceitando o resultado dos dois últimos Congressos, se afadigaram em criar dificuldades à direcção e acção política do CDS e, nos últimos meses, se concentraram no propósito de derrubar a direcção e mudar a liderança e o rumo do partido”, criticou.“O objectivo desse processo consumou-se hoje”, lamentou.Considerando que hoje o partido “regressou ao velho ciclo”, o líder derrotado disse “compreender” a satisfação dos que “ao longo dos últimos dois anos se concentraram nesse objectivo de oposição interna”.
Não sejas choramingas meu Caro Ribeiro e Castro, não tens de te queixar. Perdeste, mas não levaste porrada como a Nogueira Pinto.

sexta-feira, abril 20, 2007

Citação do dia:

"Ama o teu trabalho mas nunca te apaixones
pela tua empresa, porque nunca sabes quando ela vai deixar de gostar de ti!! "

É fácil ser Feliz!

Existem 2 maneiras de ser feliz nesta vida,
uma é fazer-se de idiota e a outra, sê-lo.
"Sigmund Freud"

quinta-feira, abril 12, 2007

Ganda Noia!

O líder do PSD, Marques Mendes, pede agora que seja aberto um inquérito ao currículo académico de José Sócrates, por uma entidade independente, penso que, na sua ideia, não estava a Universidade Independente, onde ele, consta-se, foi professor, e governou a sua vida, honestamente, claro...
Mas seja como for, é simplesmente deplorável que um homem que não sabe fazer oposição, se sirva da baixa política, para se evidenciar...
Por outro lado, os portugueses, na quarta feira à noite tiveram a oportunidade de analisar imparcialmente, o perfil de um, e de outro.
Verificou-se da parte do primeiro-ministro, que era o “acusado,” muita calma, tranquilidade, e confiança em si próprio..
Da parte do presidente do PSD, pareceu-me ver o nervosismo de quem está contrafeito a dar um recado encomendado por outro, tanta foi a falta de convicção das suas palavras…
Ora, assim, não vamos a lado nenhum, já que, parece-me, não temos alternativa, pelo menos à vista desarmada.

sexta-feira, abril 06, 2007

Boa Páscoa


A Ressurreição está a chegar...
A todos, e particularmente, aos meus Amigos e Amigas, votos de uma Páscoa Feliz.

segunda-feira, abril 02, 2007

Não há crimes perfeitos...

Não há crimes perfeitos, mas há crimes que ficam impunes.

No dia 2 de Abril de 1976, em Trás-os Montes, assassinaram o Padre Max e a estudante, Maria de Lurdes, que vinha com ele no carro, depois de acabarem de dar aulas a trabalhadores e trabalhadoras, que queriam aprender a ler e a escrever, e libertarem um pouco as amarras do analfabetismo, com que o fascismo os “dotou” durante décadas e décadas, para assim, melhor os explorarem.

Mataram o Padre Max, com uma bomba que colocaram no seu carro, enquanto ele dava aulas de alfabetização, a gente pobre e humilde, que não tinha, nem nunca teve, possibilidades de ir à escola. Morreu, não por ser vigarista, ou por roubar o estado, mas apenas e só, pela sua dedicação aos outros, como mandam os Evangelhos.

Foi um crime friamente calculado, sem respeito pela vida humana, sem avisos, sem contemplações, sem misericórdia.

Um crime hediondo, atribuído à extrema-direita em Portugal, dominada por meia dúzia de badamecos que se impõem, não pela sua coragem, mas pela força do dinheiro, subtraído por meio de vigarices, ou através da exploração da força de trabalho, de gente honesta. Uns desgraçados, que pensam mandar nas Nações.

Ainda hoje, e muitas vezes, até os próprios Estados, para comerem as suas “babalhadas” migalhas, põem-se de cócoras, perante estes bandalhos.

Na ocasião, e de lá até hoje, acusou-se, e acusa-se ainda, da cooperação neste assassinato, uma personagem de Braga, figura sinistra da Igreja católica, ligada desde sempre ao grande “capital”, e por eles, desde sempre idolatrada.

Mas esse infeliz, por muitos afagos que receba de mãos sujas, não passa de um cão vadio, que vagueia pelo Templo de Deus, e que nunca ninguém, teve a coragem de escorraçar a pontapé.
A sua consciência deve ser pesada como chumbo.

Independentemente disto, é chocante nunca se ter ouvido por parte da Igreja católica, reclamar por justiça para o Padre Max. Preferiu como sempre o silêncio quando lhe mataram este seu filho, aliás, como sempre fez, no meio século do fascismo, não falando já, de outros tempos, de má memória.

Invoco hoje esta efeméride, em memória do Padre Maximino, com respeito, admiração e agradecimento, pelo seu contributo, para que hoje, todos nós, sejamos mais livres.

Um abraço ao Arauto da Ria, que nos lembrou independentemente das cores politicas, credos ou raças de cada um, este dia 2 de Abril, que foi e será sempre, o dia de um mártir, pela liberdade.