domingo, abril 26, 2009

UM DIA VOU CONSTRUIR UM CASTELO...

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Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
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Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
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(Fernando Pessoa)



sexta-feira, abril 17, 2009

VERNÁCULO PARLAMENTAR...


Para quem não sabe: duas semanas atrás, os deputados da Nação discutiam um plano governamental de benefícios fiscais para a compra de painéis solares.
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José Eduardo Martins, deputado do PSD, afirma que o plano foi desenhado para beneficiar duas empresas, a Martifer e a Vulcano.
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Em tom irónico, o deputado do PS, Afonso Candal, diz: “Sei que a sua preocupação são os contribuintes. Eu sei… Eu sei… Sei que, piamente, esses são os seus interesses… São os contribuintes…”
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Suspeitando que Candal estaria a insinuar que José Eduardo Martins, que é advogado na área ambiental, poderia estar a querer defender interesses dos seus clientes, o deputado do PSD vira-se para Candal e declara:
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- “Vai para o caralho!”
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Candal ficou obviamente confuso. A que caralho estaria Martins a referir-se?
É que, na frase «vai para o caralho», o deputado do PSD utilizou o termo “caralho” como advérbio de lugar onde (Para onde vais? Para o caralho.)
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Ora, sendo Candal deputado do PS, será de supor que Martins o estava a mandar para o caralho do PS.
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Mas como em política, nem sempre o que parece, é, podia muito bem ser o caralho do PSD ou outro caralho qualquer.
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O grande problema, sempre que se usa o termo “caralho”, é saber se o utilizamos como substantivo, adjectivo, advérbio, unidade de medida, ou como qualquer outra das múltiplas formas como se pode usar o caralho.
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Por exemplo, no futebol, “caralho” é muito usado como nome próprio. De facto, mais de 60% dos jogadores de futebol se chamam Caralho. Daí, as expressões: “Passa a bola, Caralho!”, “Remata, Caralho, remata!”, “Vai-te embora, ó Caralho!”
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O caralho é também usado como pontuação.
Como virgula: “Ouve lá, caralho, quando é que pagas o que me deves?”
Como ponto de exclamação: “Olha que tu não me tornas a fazer isso, caralho!”
Como ponto final parágrafo: “Não faço nem mais um caralho”.
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O grande Millor Fernandes já tinha chamado a atenção para a utilização do caralho como unidade de medida: “grande comó caralho”, “longe comó caralho”.
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No entanto, no ambiente de um Parlamento, “vai para o caralho” é uma novidade.
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Há antecedentes, claro.

Em 1982, por exemplo, e segundo o DN, o velho Sousa Tavares, dirigindo-se ao “operário” Jerónimo de Sousa que, já nesse tempo, era deputado, disse:
“Olhe, vá à merda! Idiota! Mandrião! Vá trabalhar, que foi aquilo que nunca fez na vida! Calaceiro!”
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E recuando mais dois anos, para 1980, o então deputado do PS, Raul Rego, virando-se para o mesmo Sousa Tavares, deputado do PSD, sibilou:
“Vá para a puta que o pariu!”
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Percebe-se, portanto, que existe uma espécie de tradição de os deputados do nosso Parlamento se mandarem uns aos outros para sítios curiosos: para a merda, para a puta que os pariu e, agora, para o caralho!
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Em resumo: não se sabe se Afonso Candal seguiu o conselho do seu colega Martins e se foi mesmo para o caralho.
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Sr. deputado: quando lá chegar, diga-nos qualquer coisa.

Retirado de “O Coiso”

domingo, abril 12, 2009

O PAPA


O Papa, terminada a sua visita a Portugal, foi de limusina para o aeroporto. Como nunca tinha conduzido um carro daqueles, perguntou ao motorista se poderia conduzir por uns instantes.

O motorista atrapalhado, lá disse:
- Bem... acho que sim...! –
e foi para o banco traseiro da limusina enquanto o Papa ia para o volante.

Na auto-estrada A1, acelerou até aos 180 km/hora... 220 km/hora... 250 km/hora...
De imediato as luzes azuis da patrulha da BT da GNR surgiram no espelho.
O Papa lá encostou e o agente foi ao seu encontro. Quando se debruçou sobre janela e viu de quem se tratava, disse:
- Por favor... Aguarde um momento.... eu preciso ligar para a central.

O agente da BT pegou no rádio e chamou o Chefe, dizendo:
- Eu tenho uma pessoa muito importante que conduzia a mais de 250 km/hora na A1 e preciso de saber o que fazer.

- É o Cavaco? - Perguntou o chefe.
- Não, é ainda mais importante.

- Não é o Sócrates, é???
- Não, ainda mais importante!

- Quem é??? Não é o Victor Constâncio outra vez, pois não?
O agente respondeu:
- Não! É ainda mais importante do que esse...

- Bem, mas então quem é esse VIP??!! - gritou o Chefe já sem paciência.

Ao qual o agente responde:
- Eu não tenho bem a certeza, mas acho que deve ser Jesus Cristo, porque o motorista é o Papa!!!