sábado, abril 28, 2007
Solidariedade. Quem precisa?
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou um miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertold Blecht (1898 - 1956)
quarta-feira, abril 25, 2007
Com uma mão cheia de recordações vamos regar os cravos de Abril!...

Américo Thomaz e Marcello Caetano, entre outros, são enviados para a Madeira, onde ficam sob “residência vigiada”
27 de Abril:
São libertados os presos políticos que se encontravam em Caxias e Peniche.
28 de Abril:
Mário Soares regressa do exílio.
29 de Abril:
Primeiras ocupações de casas, no bairro da Boavista, em Lisboa.
30 De Abril:
Álvaro Cunhal regressa do exílio.
1 de Maio:
Grandes manifestações dos trabalhadores em todo o país.
6 de Maio:
É fundado o Partido Popular Democrático (P.P.D.), por Francisco Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota (antigos deputados da “ala liberal” do governo de Marcello Caetano.
15 de Maio:
António de Spínola é nomeado presidente da República pela Junta de Salvação Nacional.
16 de Maio:
Adelino da Palma Carlos é primeiro ministro do I Governo Provisório.
19 de Maio:
Movimento alargado de ocupações de casas é legalizado pelo governo.
20 de Maio:
Américo Thomaz e Marcello Caetano partem para o exílio no Brasil.
25 de Maio:
É fixado o salário mínimo nacional, pela primeira vez em Portugal.
8 de Julho:
É criado o COPCON ( Comando Operacional do Continente) que dá fortes poderes a Otelo Saraiva de Carvalho.
9 de Julho:
O primeiro ministro Palma Carlos pede a demissão.
18 de Julho:
II Governo Provisório, do coronel Vasco Gonçalves.
19 de Julho:
É fundado o Centro Democrático Social (C.D.S.), por Freitas do Amaral e Amaro da Costa .
segunda-feira, abril 23, 2007
Oração de uma mulher a Deus!
Até agora o meu dia foi bom,
Não disse mal de ninguém,
Não perdi a paciência.
Não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata, nem irónica.
Controlei o meu stress. Não reclamei. Não praguejei. Não gritei. Não tive ataques de ciúmes...
Não comi bolos, chocolate, nem rebuçados...
Também não fiz débitos no meu cartão de crédito (nem do meu marido) e nem passei cheques pré-datados...
Mas peço a tua protecção, Senhor, pois vou-me levantar da cama a qualquer momento...
domingo, abril 22, 2007
Acabaram as zaragatas.Parabéns campeão!

Ribeiro e Castro assume a derrota e diz que regressou “o velho ciclo”
"Sectores houve que, nunca aceitando o resultado dos dois últimos Congressos, se afadigaram em criar dificuldades à direcção e acção política do CDS e, nos últimos meses, se concentraram no propósito de derrubar a direcção e mudar a liderança e o rumo do partido”, criticou.“O objectivo desse processo consumou-se hoje”, lamentou.Considerando que hoje o partido “regressou ao velho ciclo”, o líder derrotado disse “compreender” a satisfação dos que “ao longo dos últimos dois anos se concentraram nesse objectivo de oposição interna”.
Não sejas choramingas meu Caro Ribeiro e Castro, não tens de te queixar. Perdeste, mas não levaste porrada como a Nogueira Pinto.
sexta-feira, abril 20, 2007
Citação do dia:
É fácil ser Feliz!
quinta-feira, abril 12, 2007
Ganda Noia!
Mas seja como for, é simplesmente deplorável que um homem que não sabe fazer oposição, se sirva da baixa política, para se evidenciar...
Por outro lado, os portugueses, na quarta feira à noite tiveram a oportunidade de analisar imparcialmente, o perfil de um, e de outro.
Verificou-se da parte do primeiro-ministro, que era o “acusado,” muita calma, tranquilidade, e confiança em si próprio..
Da parte do presidente do PSD, pareceu-me ver o nervosismo de quem está contrafeito a dar um recado encomendado por outro, tanta foi a falta de convicção das suas palavras…
Ora, assim, não vamos a lado nenhum, já que, parece-me, não temos alternativa, pelo menos à vista desarmada.
sexta-feira, abril 06, 2007
Boa Páscoa
segunda-feira, abril 02, 2007
Não há crimes perfeitos...

Não há crimes perfeitos, mas há crimes que ficam impunes.
No dia 2 de Abril de 1976,
Mataram o Padre Max, com uma bomba que colocaram no seu carro, enquanto ele dava aulas de alfabetização, a gente pobre e humilde, que não tinha, nem nunca teve, possibilidades de ir à escola. Morreu, não por ser vigarista, ou por roubar o estado, mas apenas e só, pela sua dedicação aos outros, como mandam os Evangelhos.
Foi um crime friamente calculado, sem respeito pela vida humana, sem avisos, sem contemplações, sem misericórdia.
Um crime hediondo, atribuído à extrema-direita em Portugal, dominada por meia dúzia de badamecos que se impõem, não pela sua coragem, mas pela força do dinheiro, subtraído por meio de vigarices, ou através da exploração da força de trabalho, de gente honesta. Uns desgraçados, que pensam mandar nas Nações.
Ainda hoje, e muitas vezes, até os próprios Estados, para comerem as suas “babalhadas” migalhas, põem-se de cócoras, perante estes bandalhos.
Na ocasião, e de lá até hoje, acusou-se, e acusa-se ainda, da cooperação neste assassinato, uma personagem de Braga, figura sinistra da Igreja católica, ligada desde sempre ao grande “capital”, e por eles, desde sempre idolatrada.
Mas esse infeliz, por muitos afagos que receba de mãos sujas, não passa de um cão vadio, que vagueia pelo Templo de Deus, e que nunca ninguém, teve a coragem de escorraçar a pontapé.
A sua consciência deve ser pesada como chumbo.
Independentemente disto, é chocante nunca se ter ouvido por parte da Igreja católica, reclamar por justiça para o Padre Max. Preferiu como sempre o silêncio quando lhe mataram este seu filho, aliás, como sempre fez, no meio século do fascismo, não falando já, de outros tempos, de má memória.
Invoco hoje esta efeméride, em memória do Padre Maximino, com respeito, admiração e agradecimento, pelo seu contributo, para que hoje, todos nós, sejamos mais livres.
Um abraço ao Arauto da Ria, que nos lembrou independentemente das cores politicas, credos ou raças de cada um, este dia 2 de Abril, que foi e será sempre, o dia de um mártir, pela liberdade.