sábado, outubro 21, 2006

Manuel Alegre critica governo por não cortar lucros dos bancos

Manuel Alegre critica hoje o Governo por impor sacrifícios aos "mesmos de sempre" sem cortar nos lucros dos bancos. Em entrevista à rádio TSF e ao "Diário de Notícias", o socialista admitiu votar a favor do Orçamento de Estado, mas não na reeleição de José Sócrates como secretário-geral do PS.

18 comentários:

Migas (miguel araújo) disse...

Viva meu caro
E pelos vistos, publicamente, já vão dois. Porque para alem de Manuel Alegre, a mesma posição foi tomada por Helena Roseta que acusou o governo de aplicar medidas e tomar acções em nada socialistas.
É o MIC (movimento de cidadania) em acção.
Parecem ir mais longe que Salgado Zenha e Lurdes Pintassilgo.
Cumprimentos

Migas (miguel araújo) disse...

Peço desculpa pelos comentários em suaves prestações.
Mas o orçamento assim o obriga.
Continuando e muito rapidamente, resta saber se estas duas posições são relevantes para a estabilidade interior do PS e para a desacreditação governativa.
Parecem-me mais vozes soltas e trovas do vento que passa.
Acho que estão os dois perfeitamente marginalizados.
Cumprimentos e abraço final

TopGama disse...

Sr.Terra e Sal,

Sem querer, vim aqui ter. Mas estou satisfeito pois encontro um espaço agradável, bem dimensionado e actual.

Sem qualquer outro comentário...

Sabe que existem estudos que nos confirmam serem os lucros da banca Portuguesa muito superiores aos das bancas Espanhola e Francesa?

Portugal tem vindo a ser, desde há muito, um OÁSIS para os banqueiros. Parece que vai continuar a ser...

Os pobres e os remediados que paguem e se aguentem, pois então!

Arauto da Ria disse...

Caro Terra&Sal, ficarei desapontado,se forem só estas duas vozes a contestar o Governo, pois sempre pensei, que havia mais socialistas neste partido.Mas será que não estão amordaçados, pelo sistema do Homem que realmente é um aglutinador de ideias e que no fundo a sua é que è a verdadeira.
Sobre a banca e o pagamento da crise a gente está farta de saber.
O Sócratas é um filho da Social Democracia Portuguesa que como sabemos está muito longe desta ideologia, sendo mais um partido de direita encapotado.
Que rica aliança se criou, PR e PM, o centro de esquerda ou de direita renascido.
Um abraço.

Terra e Sal disse...

Meu caro Miguel:
Levando em considerações as suas observações que se afastam um bocadinho do tema do post tenho a dizer-lhe que é interessante, penso, ouvir-se dentro de um partido pessoas “gradas” e com responsabilidades a manifestarem-se à vontade, contra aquilo que acham não estar bem.
Sabemos, assistimos e avaliamos pelo que vemos, que José Sócrates tem o cariz de um verdadeiro líder...
Cria-nos a sensação e faz-nos acreditar, e isso é muito bom, que é capaz de desenterrar o país do atoleiro em que outros, que não ele, o meteram...
E fá-lo sem grandes conversas, fá-lo acima de tudo com muito trabalho, um trabalho entusiasmado e que, contagia...
Não é por acaso que, mesmo com duras e impopulares medidas que nos está a impor continua nas sondagens à frente dos líderes da oposição..
Depois, nunca o “vi” a andar pelos “cantos” do país ou nos meios de comunicação a queixar-se da herança que lhe deixaram ficar, seja do Santana, Cavaco Silva, ou qualquer outro...
E olhe que se ele fosse “queixinhas” como é a nossa Câmara da Coligação tinha muito para “berrar”...
Mas ele e o seu governo, ao contrário da nossa senhora D. Câmara, foi para lá para trabalhar e, convencido que vai vencer a batalha...
Depois, ele não é um Deus...
E não é segredo para ninguém, nem ninguém é estúpido para ver que a política que estamos a ter não é verdadeiramente de esquerda nem verdadeiramente socialista.
Olhe é a que se arranja para ver se nos safamos...
Não me diga Miguel que está convencido que tanto o Manuel Alegre como a Helena Roseta e tantos outros socialistas estão marginalizados...
No Partido Socialista de que apenas conheço pela “rama”não me consta que quem quer que seja, fosse marginalizado por apontar o que acham que está mal...
Nem tão pouco nas suas disputas democráticas, no interior do partido, sejam a nível nacional ou regional, passadas que sejam, haja represálias ou marginalizações...
O Manuel Alegre também tem os seus defeitos, as suas “coisinhas”, mas é um verdadeiro homem de esquerda, tem-no provado ao longo dos tempos, e da última vez em que se envolveu em disputas, mal ou bem, mostrou ter muitas simpatias, fora e dentro do Partido Socialista.
A Helena Roseta, oriunda do PSD é uma mulher de esquerda, lutadora e desinteressada do poder, tanto quanto sei...
Foi presidente dois mandatos da Câmara de Cascais fez um excelente trabalho e saiu por vontade própria.
Mas aqui o que estava em causa era a discussão dos bancos serem uns “senhores” e você nas suas “prestações bancárias” não se lamentou disso.
Deixe lá, fica para outra vez.
Obrigado e aquele abraço.

Terra e Sal disse...

Meu caro TopGama:

Não podia o meu amigo ter encontrado melhor lugar mesmo que acidentalmente para descansar por uns momentos e reclamar contra o mundo de injustiças que o rodeia.
Eu sinceramente penso que o “Salmaritimo” é isso, um livro de reclamações principalmente contra o diabo, que nos tolhe as almas.
Ele é também uma espécie de cabana num monte, ou uma daquelas casinhas tão lindas e sempre recheadas de "gulodices" de um esteiro da Ria, em que todos os "navegantes" podem parar e entrar, comendo do que há, porque ele é de todos...
O “Salmaritimo” está é já um bocado escangalhado...
Caem-lhe telhas, desaparecem paredes de alguns posts, desaparece até o “logotipo” do "gerente" mas continua a ser um bom abrigo, penso, das intempéries que zunem por aí...

Sobre os lucros da banca:
A banca portuguesa é o suporte da nossa pobreza, não deixando por isso ao fim e ao cabo, de nos empobrecer ainda mais...
É uma espécie de sala de jogo dum casino em que "metem" uma série de engodos, e com as suas luzes nos dão a trsite ilusão que vamos sair de lá ricos, quando afinal, devagarinho, nos põem na penúria...

Depois, não é preciso ser-se político para vermos e sabermos que os políticos sejam eles quais forem, não se metem com eles...
Os bancos continuam a ser os "senhores" do antigamente...
E não se metem com eles porque há sempre a possibilidade de eles porem a mexer aí para um país qualquer, as suas sedes...
E se fizerem isso, deixam-nos a ver navios...
Penso que o medo é essencialmente esse...
É ao fim e ao cabo, tal e qual uma “Multinacional” que está cá para se servir de nós, e nós precisamos infelizmente, deles...

Trazem tudo de lá, até as matérias primas, dos seus lados, onde foram paridos, e criam-nos a ilusão de que connosco vão dividir tudo...
São tão capazes e bons nos negócios que até têm benefícios fiscais e não sei mais quantas regalias...
Vamos à “casa de banho”, apanham-nos com as “calças na mão” e num ápice, desaparecem tal e qual como apareceram.
Depois os governos cumprem o seu “papel” dizem que eles vão pagar caro a ousadia, e mais isto e mais aquilo, e que até vão fazer queixa à União europeia etc.
Mas o certo de certezinha, é que mais ninguém lhe põe o olho em cima.
Bem, mas com a Banca não é bem assim...
Não fogem quando temos as calças na mão, pelo contrário, fazem tudo para que andemos toda a vida nessa situação embaraçosa.

Têm lucros milionários todos os anos e todos os anos dizem que houve aumento na ordem dos 50% ou perto disso.
Não estão isentos de impostos ou quase isentos, como muitas multinacionais mas o que pagam de impostos, dá vontade de rir....
Eu penso que se os bancos tivessem pescoço como as galinhas, acho que apetecia a toda a gente apertar-lhos, um a um.
Lamento é que o Estado lhes permita ter lucros que para mim não são fabulosos , mas sim desastrosos.
É que eles, os lucros, são à custa da miséria de muita gente que, para ter uma casa tão fraca ou pior que este meu e seu "Salmaritimo”, tenha de passar necessidades na alimentação e pior ainda, ter também de privar, os seus filhos dela.
Lamento que tenham lucros tão "fabulosos" e explorem desenfreadamente jovens com capacidades extraordinárias e que, mercê do país que temos eles se permitam a não lhes dar garantias de estabilidade profissional, pessoal e familiar.
E, lamento também é que, o estado proíba a propaganda ao tabaco e sabendo que todos nós estamos endividados, não proíba as suas investidas propagandisticas a influenciar ao consumismo.
Não me quero alongar mais meu bom Amigo...
Obrigado pela sua visita e já sabe, a “casa” é sua, e acredite que já está paga.

Migas (miguel araújo) disse...

Caro Terra&Sal
Eu li - e acredite que não tresli - a breve referência no seu post aos lucros da banca. Subentendendo-se, por exemplo, os milhões de euros ganhos pelos arredondamentos. O meu banco - que eventualmente ganha algum à minha custa - já arredonda a 1/8.
E a questão, para além de falta de ética e transparência, também passa pela permissividade dos governos - repito, dos governos - em permitir legalmente tais manobras. Ou se preferir, não legislar para as proibir e controlar.
Mas a referência que faz à crítica de Manuel Alegre e à opçao deste em não votar na reeleição (mais que provável) do líder do PS como secretário-geral, chamou-me mais a atenção. Até mesmo pelas recentes posições do Alegre e da Helena Roseta.
E eu nunca disse que os mesmos não são uma refrência da nossa democracia e da nossa política. Não disse, aliás basta ler o que escrevi sobre a candidatura do Manuel Alegre às presidenciais, nem o poderia em consciência dizer, por cometer o "crime" de faltar à verdade.
Mas a verdade é que, como resultado das suas posições e das suas opções presidenciais, parace-me existir uma rotura clara e um posicionamento "marginal" dentro do partido. Faz-me lembrar um pouco, salvo as devidas proporções, a situação de João Soares. Muito do contra, mas sem ser levado muito a sério.
Por último permita-me a refrência às "queixinhas".
De facto, concordo consigo que o nosso primeiro não é homem de sacudir a água do capote.
Mas, o fazer-nos crer e acreditar que o seu trabalho vai dar os frutos necessários, em muitas realidades tem sido mais a ilusão e a propaganda, do que a realidade. Os sectores da saúde, da justiça, da segurança social e do ensino, estão longe de perspectivarem melhoras.
Quanto ao estado da nação, principalmente a financeira, José Sócrates tem razões para não fazer queixinhas. É que para além da factura deixada por Durão Barroso e eplo seu sucessor (aqui custa-me dizer o nome - acredite!), também tem um passado socialista recente de má memória: Guterres.
Para terminar, desculpe os desvaneios além tema do post.
Mas como bem sabe... esta coisa é como as cerejas.
Um abraço

João Figueira disse...

E se votássemos contra TODA a classe política? E se despedíssemos todos aqueles que apenas estão a ganhar dinheiro à nossa conta se nada fazer? E se mandássemos todos os gestores de grandes empresas e da banca que mais não fazem do que tentar ganhar o mais possível sem olhar a meios para isso? E se fossemos espanhóis? Não estaríamos melhor?
A resposta SIM a estas questões indicam que é um bom português que quer o melhor para o seu país e que finalmente abriu os olhos e não deixa que lhe atirem mais areia para a vista.
A resposta NÃO a todas as perguntas indicam que ou é uma das personagens acima descritas ou é um sortudo(a) que foi premiado(a) com um JOB FOR THE BOY(GIRL).
Se respondeu SIM e NÃO, por favor, decida-se de uma vez por todas o que é para eu saber se hei-de falar BEM ou CRITICÁ-LO(A).
E enquanto se fala mal deste e daquele, eles lá vão enchendo os bolsos e o Zé povinho sempre a dormir sem acordar. Até ser demasiado tarde...

Terra e Sal disse...

Meu Caro Arauto da Ria:

Cá estamos nós na nossa tertúlia em que falamos um de cada vez e vamos arrasando de língua, aqueles que, nos arrasam com pouca conversa, todos os dias...
É verdade que não sei o que se passa dentro dos partidos nem tenho grande interesse em saber...
Sei é que a democracia tem isto de bom, ou seja, poder haver discordância entre uns e outros, toda a gente pode “resmungar” mas a “caravana” com mais solavanco, menos solavanco, lá segue o seu destino.
É certo que se o “carroceiro” for pouco hábil ou até muito desastrado, há sempre uma “chusma” deles para ocupar o seu lugar...

Depois, haver contestatários a um modelo de gestão, ou liderança, que não importa pelo menos agora ajuizar, se é bom ou mau, nunca sai de uma ou duas bocas...
Esses dois encabeçam certamente muito mais gente, apenas são voluntariosas para serem a cara e a voz de muitos outros...
Mas isto tanto faz ser no partido socialista como noutro qualquer...
Alguns, como o partido socialista têm as portas mais escancaradas, e não necessitam de esconder as suas motivações e sensibilidades diversas...
Eu acho que isso é salutar, saudável mesmo...

Além de que, titular uma moção usando de alguma “contestação” ao comportamento do seu secretário-geral, não quer dizer isso que seja uma amotinação, eu pelo menos, não penso isso...
Vai haver um congresso no partido socialista...
É compreensível que aqueles que estão alicerçados com algumas “espingardas” e aspirem ou pensem que merecem um lugar de liderança, é natural que procurem fragilidades ou fraquezas que sempre as há, e se sirvam delas, para se imporem junto dos insatisfeitos.....
Agora temos é de saber se têm ou não razão para tal, e se a argumentação que apresentam é válida ou credível...
Mas aqui a conversa já é outra, e diz apenas respeito aos militantes socialistas.

Por outro lado penso, que dentro do partido socialista não há pessoas que estejam amordaçadas...
Poderão haver lealdades por este ou aquele motivo, alguns por interesses também, admito, mas de qualquer modo, a lealdade, não é propriamente fidelidade...
E a maioria dos socialistas não devem particularmente nada a ninguém.
Penso também que o José Sócrates ser ou não oriundo das hostes da social-democracia, não pode ou não deve ser julgado por isso....
Todos os partidos têm gente que antes andaram por outros lados, alguns é certo que são mesmo pássaros de arribação e que alinham e participam conforme as suas conveniências, mas penso que a maioria é gente séria...
Olhe o Durão Barroso, o Gilberto Madail, a Helena Roseta, a Zita Seabra e tantos outros.
Claro que há aqueles que deram uma cambalhota tão grande que nos faz pensar de como foi possível, mas sabe, isto para alguns, é como o pecado da “carne”Não resistem á “gula”...

Sobre este governo não ser de “esquerda”
Infelizmente da maneira em que está o país nem sequer podemos avaliar a situação se este governo é socialista, reformista, liberal, social-democrata ou de direita....
Olhe meu Caro amigo, é uma caldeirada...
Uma mistura de tudo a que se possa agarrar para meter na “panela” que tão vazia está...
É uma lufa-lufa, tudo a monte e fé em Deus, que a coisa está mais que preta...
Vão-se tapando buracos que aparecem por tudo que é sítio, só espero é que, com tanto esforço e cambalhotas à mistura, isto vá a algum lado mesmo, e não se venha a afundar, aí numa qualquer praia de Ílhavo...

Sobre a banca Amigo Arauto da Ria, pouco ou nada falou...
Eu sei, também há muito pouco a dizer, isso é verdade...
Ali, alguns até estão condenados a pagar “impostos” a vida inteira...
Os impostos ao estado (que somos todos nós) pelo menos sabemos, ou temos fé, que depois de “esbanjarem” um bom naco deles, ainda sobra algum, para nos darem uma réstia de bem-estar.
Agora os juros que pagamos ao banco isso, é alma que cai no inferno...
Um abraço para si que tenho de passar pelo bom emissor que é o “Arauto da Ria”.

Terra e Sal disse...

É um gosto vê-lo por cá meu Caro João Figueira.

As suas poucas palavras conseguiram confundir-me e olhe que não é muito fácil fazê-lo...
Não podemos ser radicalistas...
Sobre os seus pensamentos e as suas propostas que achei um bocado atribulados vou ver se consigo com elas conversar um bocadinho...

Primeiro penso que não podemos votar contra toda a classe política, mas procurar dentro deles, isso sim, os mais sérios, os mais capazes, para vivermos em paz , amor e solidariedade.
É certo que à sombra de meia dúzia de bons políticos vive uma “corja” de oportunistas que nada fazem, que nada sabem, e que andam para ali a comer às custas de todos nós. Mas mesmo assim, não podemos metê-los ou avaliá-los todos pela mesma bitola, já que, isso seria uma grande injustiça.
Do mesmo modo quando dizemos mal dos administradores dos bancos, de empresas e de políticos, devemos ser interpretados de que o fazemos de uma maneira genérica, abstracta, num sentido figurado...
Nem todos são iguais...
É pena que aqueles que são bons, que são sérios, não denunciem e repudiem os maus, os que não prestam...

Queiramos ou não, justa ou injustamente, sabemos que só alguns são, e tiveram oportunidade de adquirir conhecimentos e saber, para chegar ao topo.
Isso não invalida que outros menos bons ou até mesmo fracos não tenham lá chegado, às custas de se terem encavalitado nas costas de muitas coisas, e terem calcado também muita coisa que deveria ser “sagrada”.

Depois, mesmo os bons, têm as suas consciências que independentemente da sua inteligência, dos seus conhecimentos e saber, podem ou não ser “criminosas”...
Elas infelizmente é que ditam a vida dos outros, e aqui é que a “porca torce o rabo”
Quem é que não conhece figuras da história com uma capacidade extraordinária, muito acima do comum, e que se tornaram nuns crápulas, em prejuízo de toda a humanidade?

Seguidamente o meu Amigo acho que me questiona e pressiona para eu responder SIM ou NÃO a um determinado número de assuntos que são subjectivos.
Ninguém nos atira terra para os olhos caro João, todos nós temos vontade própria...
O nosso mal é julgarmos sempre os efeitos que nos saltam à vista que geralmente são “espalhafatosos” e não julgarmos os motivos, ou as causas deles.
Eu quando estou perante uma situação que me surge procuro sempre com algum discernimento saber as razões e os porquês,...
É certo que muitas vezes não encontro explicação, mas há sempre uma...

E tal e qual como leio aquela frase que escreveu no seu comentário em que, parecendo que se dirige à minha pessoa, insinua ou afirma que se eu responder o “NÃO” sou um “sortudo ou sortuda” premiado com um Job for the boy (Girl).
Li duas vezes e parece-me ser essa a sua intenção...
Ora meu Caro João Figueira aqui está uma questão que não me é agradável, e que eu procuro compreender a razão, a causa deste seu pensamento e não encontro explicação...
Mas deve haver uma, dentro de si de certeza que há.
Quanto a ser português ou espanhol não sendo um exacerbado nacionalista, quero ser português porque foi aqui que nasci...
E quanto a patriotismo tenha calma que lentamente vamos sendo absorvidos pelos outros, pelos mais fortes.
Já reparou que há um país na Europa que sempre procurou expandir-se ao longo dos séculos?
Umas vezes através da Igreja, outras através de guerra, e agora está a fazê-lo de um maneira mais civilizada e moderna e muito eficaz, que é através do dinheiro, da economia, e vai consegui-lo acredite, nem que seja daqui a 1000 anos.

Olhe quanto ao sermos mais felizes o bom era acabarmos efectivamente com os bairrismo e com os nacionalismos e transformarmos tudo isto em regiões.
Já viu se na vez de termos concelhinhos com Aveiro-Ílhavo-Vagos-Albergaria-Estarreja-Murtosa, etc se transformássemos tudo isto numa só região?
Já viu o dinheiro que pouparíamos em gestões e similares que poderiam ser revertidos em prol das populações?
Pois é Caro Figueira, alonguei-me um bocadinho, como sempre, mas você parece-me que merece...
Só fico intrigado é da razão de o levar a crer que eu por não querer ser espanhol o faz supor que eu sou um ou um Job for de boy ou “boya”.
Cumprimentos.

José Manuel Dias disse...

É frequente dizer que não nos devemos queixar dos políticos porque temos os políticos que merecemos. Eu penso que merecemos melhor mas não deixo de reconhecer que existe um certo fundo de verdade nesta afirmação. Não somos suficientemente exigentes em relação à sua prestação e acabamos por considerar normal os comportamentos medíocres.
Estamos mal servidos de políticos mas também estamos mal servidos de cidadãos enquanto a exigência em relação à “causa pública” não for maior. Todos pedimso reformas estruturais mas quando as consequências nos batem à porta já não gostamos...
Quanto ao pedido do Manuel Alegre é música celestial...Soa bem aos ouvidos mas é inconsequente, num mundo globalizado como o nosso. À força de se querer mais corre-se o risco de se perder o que tem. Claro que isto anda "tudo ligado"...e só mexendo no "monstro" ( que consome quase metade da riqueza do país) se resolve o problema...mas aí já vozes se levantam e se fala nos "direitos adquiridos", esquecendo que, como é bem sabido, uma sociedade decente deve colocar em primeiro plano as responsabilidades e só depois os direitos.
Cumprimentos

TopGama disse...

Agradecer-lhe pela visita é o motivo que me trouxe cá novamente.
Aproveito para lhe dizer que poderá comentar sempre que quiser. Será para mim uma grande honra pois é com pessoas assim que se aprende. E eu quero aprender!
Senhor Terra e Sal aceite os meus cumprimentos.

Terra e Sal disse...

Meu Caro José Manuel Dias:

É sempre um prazer dialogar consigo embora nem sempre esteja de acordo com as suas ideias.
O meu amigo tem tempo de vida suficiente para compreender que, dadas as circunstâncias do atrofiamento cívico e de cidadania a que estivemos votados durante meio século de gerações, foram-se enraizando “preceitos” de que, não somos responsáveis, nem nos permite ser melhor do que aquilo que somos.

Os princípios que se adquirem e os caracteres que se formaram, não se limpam de um dia para o outro, duram gerações, tantas ou talvez mais, do que aquelas em que cresceram e se desenvolveram.
Por isso, temos e devemos viver com todos, em paz, harmonia e compreensão.
Todos nós, temos de subir e descer, as vezes que forem necessárias...
Ninguém é obrigado a estar no seu “patamar” ou no “patamar” de outro, cada um tem o seu próprio patamar...
É neles que cada um vive, sendo que, apenas há um tecto em comum, e esse, devemos dividi-lo com todos...

Isto para lhe dizer que dadas as circunstâncias até somos uns óptimos cidadãos.
Depois, todos sabemos que numa república o estado é o povo, somos todos nós, você sabe...
Mas também sabe que é certo não ser um qualquer de nós que governa...
Há os eleitos, os escolhidos, os que de alguma forma se revelaram ou se fizeram revelar como os melhores, os mais capazes e a quem a maioria na sua pureza e boa fé, por acharem que esses estavam num patamar acima, lhes entregou “cegamente” os seus destinos, e os da sua família...

Não é o povo que cumpre a sua quota-parte das funções que lhe são propostas através do seu trabalho “braçal”, que tem de ser penalizado e tem de dar satisfações...
São os outros, os políticos, os eleitos, os “revelados” os voluntariosos, aqueles que, se intitularam competentes, aqueles que gerem e administram a riqueza e quota-parte que o povo produz, no seu trabalho do dia a dia.
Um general é responsável por todo um exército, e não é um exército que é responsável pelo general.
Ele é o único que tem de dar satisfações e explicações pelas vitórias ou derrotas, não são os soldados.

Isto para lhe dizer meu caro amigo que, em minha opinião, não é o cidadão comum que é responsável pelo descalabro a que um país é votado, já que, eles cumpriram a sua parte, os outros é que não.
Não sei se o Manuel Alegre tem razão ou não, tudo depende do ponto de vista de cada um.
O nosso mal é servir-nos da globalização para tudo e para nada, e o que se está a passar na Europa não é globalização...
A globalização não pode ser só económica, não pode servir apenas uns poucos, tem de servir todos equitativamente...
E só pode haver globalização quando ela for também social, a globalização não deve servir minorias mas sim maiorias, a liberalização pretendida é isso também.

Eu sei meu Caro José Manuel Dias e peço-lhe desculpa por transmitir o que penso mas acho, que você quanto aos “direitos adquiridos” tem na sua consciência uma série de dúvidas.
Deve parar, fazer uma reflexão e exorcizá-las...
É que, ou acredita que ninguém tem direitos adquiridos ou não acredita, eu sei que você diz que não aceita, mas sobre isso já especulei e sei que me desculpará.
É que o meu amigo diz que o cidadão consciente ou decente deve colocar em primeiro lugar as responsabilidades e só depois as outras...
Mas eu em consciência já lhe disse atrás o que penso disso, ou seja, os únicos responsáveis são os políticos, portanto os trabalhadores devem andar de consciência tranquila.

Foram os políticos que criaram o “monstro” não fui eu nem penso que tenha sido o meu amigo, assim como penso que não foram, os meus concidadãos comuns.
O cidadão trabalhador, seja funcionário público ou não, cumpriram com as regras que lhes impuseram, e mesmo agora, com as greves que é um “direito adquirido” (ou vai dizer que não?) reclamam e eu penso que com toda a razão.

Toda agente sabe quem criou o “monstro” (a não ser que ele já tenha parido outros) e economistas bem capazes e sabedores da nossa praça, já o apontaram, você melhor que ninguém o sabe.
Porque carga de água meu caro José Manuel Dias, me castigam a mim, os meus familiares, os meus amigos, ou os meus concidadãos, capazes, competentes, e trabalhadores, se eles estão a exigir apenas o que estava convencionado por gente que se supõe ser de bem como é um estado num país civilizado?
Que culpa tenho eu que eles promovam e “idolatrem” os incapazes e tentem mandar-me a mim para o inferno, que não cometi pecado nenhum?
Muito mais podíamos falar sobre “direitos adquiridos” mas seria ainda mais fastidioso.

Um abraço José Manuel Dias que a “Esquerda” o “Humanismo” “A Razão” também são “direitos adquiridos” pelo menos para mim, e serão para sempre.
Gostei de o ter cá, você sabe que sim.

João Figueira disse...

Caro Terra & Sal, a ideia foi mesmo essa. O que eu quis demonstrar com aquele "paleio" foi que enquanto estamos aqui a mandar uma "achegas", eles vão-se governando com aquilo que é nosso e ainda ficam a rir na nossa cara. Eu, pessoalmente, acho triste que depois de tanto sangue derramado para formar e conquistar esta pátria e mais sangue derramado na época dos descobrimentos para fazer de Portugal um grande país, hoje em dia sejamos governados por uma bando de trafulhas que só se preocupam com eles. Nós só somos portugueses nas eleições. No resto do tempo apenas servimos para lhes encher os bolsos. Portugal podia ser hoje um grande país, podíamos ter tudo. Mas como infelizmente somos governados por portugueses, somos nada. Já agora, você está ao lado daqueles 42% de espanhóis que querem que portugal passe a ser uma provincia espanhola e governados pela respectiva monarquia? Eu acho que pior não ficávamos.
Saudações, amigo terra & Sal.

avelana disse...

quem estara preocupado com isso??

Terra e Sal disse...

Caro Topo de Gama:
Irei oportunamente com muito gosto ao seu Blogue que como lhe disse surpreendeu-me pela positiva.

Aprendiz de Viajante disse...

Terra e sal

Não querendo fazer deste teu espaço um livro de recramações apenas te digo que realmente são sempre os mesmos a serem prejudicados... há instituições que são intocáveis... é este o nosso país, infelizmente!


Um bjinho para ti e desculpa só agora aparecer, ando com pouco tempo para estas viagens...

Arauto da Ria disse...

Caro Terra&Sal,
hoje venho aqui abusivamente, unica e exclusivamente, para protestar.
Quero acusá-lo públicamente de preguiça agúda em relação ao seu canto. Ele merece que o seu autor tenha mais carinho com ele e mais dedicação, pois tenho a certeza que todos nós ganhariamos.
Deixe de se incomodar e perder tempo com ruins defuntos e escreva aqui com toda a substância que tem sobre variados temas.Nós quando vimos aqui, queremos ler o que o meu amigo escreve e eu quase todos os dias passo por aqui e por vezes sinto-me frustado.
Entrei a barafustar cheio de autoridade, mas creia que é pela estima que tenho por si e por gostar muito de o ler.
Desculpe e um abraço.